Domingo, dia de espetáculos em Les Baux-de-Provence
(sábado também tem) e seguimos direto pra lá (sem café da manhã,
pois não encontramos nada aberto em Avignon!). Subimos de carro até o portal de
entrada do vilarejo, onde encontramos um estacionamento pago, por 5 euros o carro
ficou o dia todo, valeu muito a pena.
A paisagem ao redor de Les Baux é linda, o relevo é acidentado,
com muitas rochas expostas. A entrada é um portal para a idade média, para as ruazinhas estreitas
e as construções antigas, integradas ao ambiente rochoso. O vilarejo é cheio de lojinhas, restaurantes e algumas
pousadas, é praticamente todo voltado para o turismo, poucas pessoas moram de
fato ali, nos disseram que menos de 500! É tudo muito charmoso, adoramos
caminhar por aquelas ruas!
No ponto mais alto do vilarejo está o Chateau
des Baux de Provence. Para entrar havia uma pequena fila, mas nada demais. Pagamos 10 euros
cada adulto para entrar (Clara não pagou), esse valor inclui a visita às ruínas do castelo, com
áudio-guia, e as apresentações. Aqui uma observação: o ingresso não dá
direito de sair e retornar, e depois que entramos percebemos que fizemos uma
grande besteira, pois já era hora do almoço e apesar de termos tomado café da
manhã assim que chegamos, não levamos nenhum lanche nem pra Clara, e havia
muito o que ver, então demoraria para terminar a visita. Não havia lanchonete nem nada
para comer a venda dentro do Chateau, somente alguns pontos de venda de bebidas. Nós nem chegamos a levar o carrinho, Clara seguiu a pé,
alternando um pouco de colo.
Havia um folheto com os horários das apresentações, que
consistiam em lutas de espadas e uso das catapultas. Os atores, devidamente
vestidos como personagens medievais, ficavam o tempo todo circulando tanto
dentro do Chateau quanto pelas ruas do vilarejo.
Começamos a visita, seguindo o áudio-guia. O castelo fica
bem num platô na parte mais alta e consequentemente possibilita uma visão muito
ampla de toda a região. Deve ter sido um castelo realmente grandioso, as
paredes são muito altas! Achamos bem interessante que, além do áudio-guia,
existem croquis de como eram as partes do castelo, nos ajudando a visualizar
como deve ter sido fantástico no passado.
Logo que chegamos à parte das ruínas vimos que as pessoas
começavam a se concentrar nas arquibancadas para assistir à luta de espadas,
então nos dirigimos pra lá e ficamos também esperando. Logo os atores chegaram
e começou o teatro, que é baseado na história real de Les Baux. Na verdade eram somente 3 atores, e eles representavam uma
situação de conflito entre um nobre cavaleiro da região e seu escudeiro e um
invasor de outra região. Antes de começar eles solicitam a
participação de algumas pessoas da platéia, umas 3 ou 4. Um rapaz e 3 crianças
se apresentaram e fizeram parte do início da história. O grande problema deste
início, na apresentação do contexto da história, é que obviamente eles falam francês e para quem não entende acaba ficando meio cansativo, mas não é muito
demorado e não chega a ser chato. Em um momento um dos personagens sai correndo e
vai para o ponto mais alto do castelo para fazer a guarda. De repente ele grita
lá de cima que estão sendo atacados e depois disso começam de fato as lutas de espada. A apresentação não é nada muito elaborada, é bem simples, mas divertida. A
O fato de não estar entendendo muita coisa e o sol forte de
meio-dia deixaram Clara um pouco impaciente e pensei que não conseguiríamos
assistir até o final, mas logo que começou a luta de fato a coisa ficou mais
animada e ela ficou bem impressionada. Tive que repetir algumas vezes que tudo
aquilo era uma encenação, que nada era de verdade. Achei bem engraçado que ela
ficou encantada pelo ator que fazia o escudeiro e depois foi me perguntar qual
era meu cavaleiro favorito, pois o dela era aquele que tinha cabelo igual de
menina. Depois quando nós o víamos pelas ruas ela falava: olha o meu
favoritinho. Hehehe.
Na saída da apresentação vimos um stand para atirar flechas.
Cada pessoa tem direito a 2 tentativas. Um “cavaleiro” fica ensinando como se
faz e dando dicas. Se não me engano crianças a partir de 6 anos já podem
atirar. O rapaz fala bem inglês e é muito solícito. Jorge e eu atiramos e,
modéstia a parte, eu arrasei, pois acertei a primeira flecha bem no centro do
alvo, até o rapaz ficou impressionado (kkkkkkk).
Depois visitamos boa parte do castelo e fomos
assistir a apresentação das catapultas, que contaram com a participação de voluntários e foi bastante divertido. A catapulta menor foi operada por várias mulheres e a grande por homens, tudo coordenado pelos mesmos atores.
A essa altura já passava das 3 da tarde e nós sem almoço e
sem nada pra comer, então apesar de ainda ter mais coisas pra ver, encerramos
nossa visita ao Chateau. Como sempre acabo me esquecendo de anotar dicas de
restaurantes, saímos sem saber onde comer, diante de tantas opções, e pra
variar fizemos uma péssima escolha. Acho que foi a pior comida de toda a
viagem, só não foi pior porque o menu tinha um crepe razoável de sobremesa.
Depois demos mais umas voltas pelo vilarejo, saímos por volta das 5. O plano
inicial era visitar outros locais, mas passamos o dia todo em Les Baux-de-Provence,
curtimos demais esse lugar. Infelizmente não tivemos tempo sequer de visitar o
famoso Carrières de Lumières, vai ter que ficar pra uma próxima oportunidade. Bem próximo dali também estão as ruínas romanas de Glanum, nós chegamos a dar uma parada, mas estava tarde e o tempo também ficou ruim de repente.
Neste dia jantamos muito bem no Restaurant L'Epicerie, em Avignon, comida muito gostosa e local super agradável.
Para saber mais:
http://www.lesbauxdeprovence.com/en
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Ruas do vilarejo |
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Uma das lojinhas |
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Atores nas ruas da cidade |
Chateau:
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Entrada do Chateau |
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Loja do Chateau |
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Apresentação - o favorito da Clara é o da direita |
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Os voluntários |
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"Estamos sendo atacados!" |
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Explorando o castelo |
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Vista do vilarejo a partir da torre do castelo |
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No alto da torre |
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Local da apresentação da luta de espadas e de tiro de flechas |
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Catapulta |
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Do alto da torre se tem uma vista completa da região |
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Atirando! |
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Entrada de Glanum, ruínas romanas |