quinta-feira, 20 de junho de 2013

Praga - parte 1


A viagem de Karlovy Vary para Praga foi feita de ônibus, que é a forma mais rápida de chegar. No entanto apesar de durar pouco mais de 2 horas, foi uma viagem bem difícil. O ônibus estava cheio, era bem apertado, sem banheiro e Clara passou o tempo todo dizendo que estava com dor de barriga.

Abre parêntesis: Essa história de dor de barriga começou antes mesmo de viajarmos, e no início fiquei bem preocupada. Eu achava que ela estava tendo enjôo, pois sempre acontecia no carro, mas depois comecei a perceber que parecia uma válvula de escape. Sempre em momentos de tédio ou stress ela tinha dor de barriga e dizia que queria fazer cocô. Isso persistiu na viagem. Nos momentos que estávamos pra embarcar no trem, ou no avião, ou quando estávamos nervosos por algum motivo era “batata”: lá vinha a vontade de fazer cocô. Diversas vezes eu cheguei a leva-la ao banheiro correndo e ela só fazia um xixizinho, nem sinal de cocô. Vi que talvez fosse uma forma dela conseguir nossa atenção com uma coisa que não podíamos negar. Comecei a conversar com ela e explicar que não podia inventar isso, pois quando ela falasse a verdade ninguém iria acreditar. Por coincidência ela tinha acabado de escutar a história do Pedro e o lobo, aproveitei e disse que era a mesma coisa. Aos poucos ela foi diminuindo e hoje praticamente parou. Fecha parêntesis.

Enfim, passei essas 2 horas e meia ouvindo a Clara dizendo a cada 2 minutos que estava com dor de barriga e que queria fazer cocô. Minha gente, quem disse que essa criança dorme em ônibus, trem ou avião como a maioria das crianças? Nada disso, ela fica mais elétrica! Mas sobrevivemos e chegamos a Praga. Foi só desembarcar, fui correndo leva-la ao banheiro, mas não se ouviu mais nenhuma queixa da tal dor de barriga.

Ao chegarmos tivemos um probleminha com o apartamento que alugamos, pois nos mandaram pra outro lugar que não era o que havíamos escolhido. Ficamos bastante chateados, discutimos com a funcionária da empresa que foi nos entregar as chaves, mas acabamos aceitando, pois não havia outra opção. O apartamento em si era bem legal e equipado, e a localização não era ruim, só não ficava na área que escolhemos, que realmente era muito melhor. Em compensação nos deram um bom desconto por causa da besteira que fizeram não nos avisando da mudança. Lá finalmente tivemos uma cozinha e pudemos cozinhar para a Clara, ela até já vinha comendo um pouco melhor, mas aproveitou bastante a comidinha com gosto bem familiar.

Praga dispensa comentários, é maravilhosa e foi um dos pontos altos da viagem. Tem um clima mágico, romântico, é linda! Só de caminhar pelas ruas a gente já se sente feliz. Um ponto negativo é a quantidade enorme de turistas que circula o tempo todo pela cidade, assim como nós admirando toda aquela beleza. A Ponte Carlos, super famosa, vive cheia de gente. Mas para nós não chegou a estragar o passeio, a beleza e o clima da cidade compensaram e muito. Pelas ruas sempre tem alguém tocando alguma música legal, expondo lindas pinturas da cidade. Um dia passando pela Ponte Carlos ouvimos uma linda música estilo celta, fomos ver e tinha um grupo tocando e cantando numa rua paralela. Paramos para assistir e foi delicioso. Algumas pessoas se sentavam na calçada tomando vinho, outros paravam um pouco para ver, todo mundo encantado com aquele som que nos remetia a outros tempos, muito bom. Tudo isso faz com que o clima na cidade seja diferente, especial, é como uma viagem ao passado.

Passeamos muito pela cidade, andamos bastante. Visitamos o Castelo, que para a Clara ficou sendo o da princesa, o morro Perín, lindos mirantes. Não vou ficar detalhando muito os passeios que fizemos, mas no próximo post vou falar um pouco sobre as atrações mais interessantes para a Clara e também sobre o castelo de Karstejn. 






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