quarta-feira, 30 de julho de 2014

França - Pont du Gard e Uzès

No nosso ultimo dia na Provence, fomos visitar a Pont du Gard (25 km de Avignon), uma ponte-aqueduto construída pelos romanos no Século I. A ponte, que é um Patrimonio Mundial da Unesco, tem 3 andares de arcos e 49 metros de altura. É um monumento realmente impressionante! A paisagem também é muito bonita, e o local conta com uma boa estrutura para visitação, com lojinhas, restaurantes, banheiros amplos e um grande estacionamento.
Nossa visita não foi demorada, atravessamos a ponte, fomos até o rio, tiramos muitas fotos, ficamos admirando a paisagem. Depois subimos até o terceiro nível (a passagem por cima é fechada), passamos por um túnel e fizemos uma trilha que levava a um mirante. Não chegamos até o mirante pois Clara se cansou e decidimos voltar. 

Para maiores informações sobre a Pont du Gard acesse o site http://www.pontdugard.fr/en





Não chegamos até o mirante mas conseguimos uma boa vista da ponte

´Túnel por onde passava a água 



Saímos de lá e fomos almoçar em Uzès, uma pequena cidade a 14 km de Pont du Gard. Paramos o carro e saímos andando a esmo, pois não sabíamos o que havia na cidade pra visitar. Não havia absolutamente ninguém nas ruas e por sorte chegamos à Place aux Herbes, uma deliciosa praça cheia de árvores e restaurantes. Ali havia muita gente nas mesas dos restaurantes espalhadas por vários pontos da praça. Algumas crianças brincavam ao redor da fonte e Clara também foi brincar. Tivemos um almoço muito agradável nessa simpática cidadezinha. Depois passamos para ver o castelo Le Duché d'Uzes, mas não entramos pois estávamos com pressa e a entrada era muito cara. 

Uzès


Place aux Herbes


Prato bem gostoso no Cafe de l'Oustal

Le Duché d'Uzes

A cidade vazia



No dia seguinte pegamos o trem TGV Avignon - Paris. Até a próxima, linda Provence!!!


domingo, 27 de julho de 2014

França - Les Baux-de-Provence

Domingo, dia de espetáculos em Les Baux-de-Provence (sábado também tem) e seguimos direto pra lá (sem café da manhã, pois não encontramos nada aberto em Avignon!). Subimos de carro até o portal de entrada do vilarejo, onde encontramos um estacionamento pago, por 5 euros o carro ficou o dia todo, valeu muito a pena.

A paisagem ao redor de Les Baux é linda, o relevo é acidentado, com muitas rochas expostas. A entrada é um portal para a idade média, para as ruazinhas estreitas e as construções antigas, integradas ao ambiente rochoso. O vilarejo é cheio de lojinhas, restaurantes e algumas pousadas, é praticamente todo voltado para o turismo, poucas pessoas moram de fato ali, nos disseram que menos de 500! É tudo muito charmoso, adoramos caminhar por aquelas ruas!

No ponto mais alto do vilarejo está o Chateau des Baux de Provence. Para entrar havia uma pequena fila, mas nada demais. Pagamos 10 euros cada adulto para entrar (Clara não pagou), esse valor inclui a visita às ruínas do castelo, com áudio-guia, e as apresentações. Aqui uma observação: o ingresso não dá direito de sair e retornar, e depois que entramos percebemos que fizemos uma grande besteira, pois já era hora do almoço e apesar de termos tomado café da manhã assim que chegamos, não levamos nenhum lanche nem pra Clara, e havia muito o que ver, então demoraria para terminar a visita. Não havia lanchonete nem nada para comer a venda dentro do Chateau, somente alguns pontos de venda de bebidas. Nós nem chegamos a levar o carrinho, Clara seguiu a pé, alternando um pouco de colo.

Havia um folheto com os horários das apresentações, que consistiam em lutas de espadas e uso das catapultas. Os atores, devidamente vestidos como personagens medievais, ficavam o tempo todo circulando tanto dentro do Chateau quanto pelas ruas do vilarejo.

Começamos a visita, seguindo o áudio-guia. O castelo fica bem num platô na parte mais alta e consequentemente possibilita uma visão muito ampla de toda a região. Deve ter sido um castelo realmente grandioso, as paredes são muito altas! Achamos bem interessante que, além do áudio-guia, existem croquis de como eram as partes do castelo, nos ajudando a visualizar como deve ter sido fantástico no passado.

Logo que chegamos à parte das ruínas vimos que as pessoas começavam a se concentrar nas arquibancadas para assistir à luta de espadas, então nos dirigimos pra lá e ficamos também esperando. Logo os atores chegaram e começou o teatro, que é baseado na história real de Les Baux. Na verdade eram somente 3 atores, e eles representavam uma situação de conflito entre um nobre cavaleiro da região e seu escudeiro e um invasor de outra região. Antes de começar eles solicitam a participação de algumas pessoas da platéia, umas 3 ou 4. Um rapaz e 3 crianças se apresentaram e fizeram parte do início da história. O grande problema deste início, na apresentação do contexto da história, é que obviamente eles falam francês e para quem não entende acaba ficando meio cansativo, mas não é muito demorado e não chega a ser chato. Em um momento um dos personagens sai correndo e vai para o ponto mais alto do castelo para fazer a guarda. De repente ele grita lá de cima que estão sendo atacados e depois disso começam de fato as lutas de espada. A apresentação não é nada muito elaborada, é bem simples, mas divertida. A 

O fato de não estar entendendo muita coisa e o sol forte de meio-dia deixaram Clara um pouco impaciente e pensei que não conseguiríamos assistir até o final, mas logo que começou a luta de fato a coisa ficou mais animada e ela ficou bem impressionada. Tive que repetir algumas vezes que tudo aquilo era uma encenação, que nada era de verdade. Achei bem engraçado que ela ficou encantada pelo ator que fazia o escudeiro e depois foi me perguntar qual era meu cavaleiro favorito, pois o dela era aquele que tinha cabelo igual de menina. Depois quando nós o víamos pelas ruas ela falava: olha o meu favoritinho. Hehehe.

Na saída da apresentação vimos um stand para atirar flechas. Cada pessoa tem direito a 2 tentativas. Um “cavaleiro” fica ensinando como se faz e dando dicas. Se não me engano crianças a partir de 6 anos já podem atirar. O rapaz fala bem inglês e é muito solícito. Jorge e eu atiramos e, modéstia a parte, eu arrasei, pois acertei a primeira flecha bem no centro do alvo, até o rapaz ficou impressionado (kkkkkkk).

Depois visitamos boa parte do castelo e fomos assistir a apresentação das catapultas, que contaram com a participação de voluntários e foi bastante divertido. A catapulta menor foi operada por várias mulheres e a grande por homens, tudo coordenado pelos mesmos atores.

A essa altura já passava das 3 da tarde e nós sem almoço e sem nada pra comer, então apesar de ainda ter mais coisas pra ver, encerramos nossa visita ao Chateau. Como sempre acabo me esquecendo de anotar dicas de restaurantes, saímos sem saber onde comer, diante de tantas opções, e pra variar fizemos uma péssima escolha. Acho que foi a pior comida de toda a viagem, só não foi pior porque o menu tinha um crepe razoável de sobremesa. Depois demos mais umas voltas pelo vilarejo, saímos por volta das 5. O plano inicial era visitar outros locais, mas passamos o dia todo em Les Baux-de-Provence, curtimos demais esse lugar. Infelizmente não tivemos tempo sequer de visitar o famoso Carrières de Lumières, vai ter que ficar pra uma próxima oportunidade. Bem próximo dali também estão as ruínas romanas de Glanum, nós chegamos a dar uma parada, mas estava tarde e o tempo também ficou ruim de repente.

Neste dia jantamos muito bem no Restaurant L'Epicerie, em Avignon, comida muito gostosa e local super agradável. 

Para saber mais: 
http://www.lesbauxdeprovence.com/en

Ruas do vilarejo

Uma das lojinhas


Atores nas ruas da cidade



Chateau:
Entrada do Chateau

Loja do Chateau


Apresentação - o favorito da Clara é o da direita

Os voluntários

"Estamos sendo atacados!"




Explorando o castelo



Vista do vilarejo a partir da torre do castelo

No alto da torre

Local da apresentação da luta de espadas e de tiro de flechas


Catapulta

Do alto da torre se tem uma vista completa da região

Atirando!


Entrada de Glanum, ruínas romanas

quinta-feira, 17 de julho de 2014

França - Lourmarin, Roussillon e Gordes

Neste dia pegamos a estrada em direção ao Luberón. São inúmeras cidadezinhas interessantes nessa região, e escolhemos visitar Lourmarin, Roussillon e Gordes, as 3 estão entre as mais belas aldeias da França. Primeiro fomos para Lourmarin, cerca de 60km de Avignon. Levamos 1 hora para chegar, paramos o carro logo na entrada da cidade (estacionamento gratuito) e fomos caminhar pelas lindas ruazinhas estreitas. Suas ruas são cheias de cafés e restaurantes com mesas nas calçadas, a gente tinha vontade de sentar e ficar só curtindo o dia lindo de sol que estava fazendo, naquele lugar maravilhoso.

Das pequenas vilas que andamos por esses dias, Lourmarin foi a única que encontramos um parquinho pra Clara brincar. É provável que as outras também tenham, mas nós não encontramos. Deixamos a Clara brincar no parquinho, onde 2 irmãzinhas francesas vieram querendo fazer amizade. Clara é muito tímida e não quis a principio, mas a mais velha, muito fofa, não desistiu e ficou correndo atrás dela pelo parquinho. Muito simpática ela veio falar conosco, e eu pude colocar em prática o meu francês super básico (só dá pra falar com uma criança mesmo. Kkkkk). Elas brincaram um pouco e depois fomos todos embora. Logo depois chegamos a uma praça onde há uma linda fonte e o escritório de turismo da cidade. Lá Clara reencontrou sua amiguinha Anna e começaram a correr de um lado pro outro. Anna a levou pra conhecer a biblioteca que também fica na praça. Lá tem uma área muito legal para crianças, com mesinha, diversos livros legais e brinquedos. Claro que tivemos que ficar por ali um tempão e deixar a pequena se divertir. Enquanto isso fizemos comprinhas de azeites, ervas e sabonetes da região. Depois fomos almoçar e seguimos para a próxima cidade, Roussillon (27km). Logo na chegada há um estacionamento pago, onde paramos o carro. Por ser sábado havia bastante gente na cidade e o estacionamento estava bem cheio.

Roussillon é famosa por seus diversos tons de ocre. É uma típica vila da Provence que fica no alto de uma colina, nos fazendo suspirar diante de tanta beleza. Suas ruas estreitas em espiral nos levam até o topo, onde se tem uma visão espetacular de toda a região. Bem ao lado da cidade está o local de onde são extraídos os pigmentos coloridos que cobrem toda a cidade. A “pedreira” é aberta a visitação, é interessante andar por lá e observar as encostas coloridas em contraste com as árvores. Nós entramos e fizemos uma pequena parte da trilha, somente até o primeiro mirante, depois voltamos pois ainda queríamos ir a Gordes. Pra encerrar a visita a Roussillon passamos na sorveteria que fica bem ao lado do estacionamento (pago), onde há uma grande variedade de sabores, incluindo lavanda.

Gordes fica a menos de 10km de Roussillon. A cidade está no alto de uma colina, é uma vista deslumbrante a partir da estrada. Entramos num estacionamento pago e fomos explorar a cidade. O castelo e a igreja são os pontos mais marcantes, mas a cidade como um todo é linda. A cidade tem alguns mirantes de onde temos a visão muito ampla de toda a região.

Saímos de Gordes ainda com sol, no final do dia. No caminho decidimos parar em alguma cidadezinha para jantar, então entramos em L’Isle-sur-la-Sorgue, uma cidade cortada por canais rasos e de águas verdes, bastante charmosa. De cara avistamos um carrossel e a Clara se esbaldou, deu muitas voltas. Enquanto isso revezamos e demos uma circulada ali por perto. Assim que o carrossel fechou fomos jantar e depois voltamos para Avignon. Esse foi um dia muito proveitoso, visitamos 3 lindas cidades e ainda jantamos em outra. Claro que faltou muita coisa pra conhecer e acho que se eu pudesse ficaria vários dias somente rodando por essa região tão linda.

Vamos às fotos:

Lourmarin:






Roussillon:

Azeites maravilhosos








Gordes:








Isle-sur-la-Sorgue: