sexta-feira, 24 de agosto de 2012

E o Planeta?

Estávamos brincando de bolinhas de sabão (a nova onda dos últimos dias) na varanda do apartamento. De repente parou de sair bolinhas, Clara vira e fala:
- E agora, acabou a vesidade do Paneta.
- Hein?
- É, como faz? Acabou a vesidade do Paneta. 
- O que? Acabou a diversidade do Planeta?
- É. Como faz?

Mais tarde tomando suco:
- Aqui mamãe, acabou o suco do Paneta!

E eu aguento isso?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Porquinho e a Vaca

Desde que a Clara nasceu que me tornei a pessoa mais relapsa do mundo em relação aos cuidados com meu carro. Nunca fui de ficar lavando toda hora, mas sempre fazia as revisões, trocas de óleo e o mantinha relativamente limpo, mas depois que ela nasceu eu já rodei um tempão sem trocar o óleo, me esqueci completamente. Andei tanto tempo com os pneus tão desalinhados que tive que troca-los antes da hora e vi aqueles risinhos entre os mecânicos quando fizeram o alinhamento dos pneus... Atualmente meu carro vive bem sujinho, e estou sempre falando pra Clara não encostar nele quando vamos sair. Um dia, conversando com ela, falei: "O carro da mamãe tá sempre tão sujinho, vamos colocar o nome dele de Porquinho?"
Ela adorou e perguntou: "Então esse é o Poquinho. E o carro do Papai, como chama?". Como eu falei que não sabia, ela inventou na hora: "Ah, já sei, o carro do Papai é a Vaca!" Dei muita risada e falei que podia ser, o carro é grande, até que combina (apesar que o Papai não gostou muito).
Desde então é assim que nossos carros se chamam: Porquinho e Vaca! Fofo né?

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Viagem para Minas - Serra do Cipó

Finalmente consegui voltar aqui no Blog para terminar de contar como foi a nossa última viagem. Temos outro casal de amigos bastante queridos que mora em BH e a família deles tem uma casa na Serra do Cipó. Como já estávamos perto, em Diamantina, resolvemos ir todos, incluindo nossos anfitriões, visita-los. Um outro amigo foi também, ao todo éramos 4 casais e 5 crianças, 2 de 6 anos, 2 de 3 anos e a Clara, com 2,5.

Abre parêntesis:
Esses amigos foram a minha família durante um tempo da minha vida. Quando passei no concurso para o meu trabalho atual, fui de mala e cuia para o Amazonas, sozinha. Nem meus 3 cachorros consegui levar, pois lá não consegui ter uma casa de fato por muitos meses. Na época minha vida em Brasília estava maravilhosa, eu vivia um daqueles períodos em que tudo está dando certo, e foi muito difícil deixar tudo pra trás e partir. O cenário que encontrei por lá não ajudou nada e passei por muitos perrengues, que hoje se tornaram ótimas histórias. Assim como eu, esses amigos (e vários outros) também chegaram no Amazonas pelo mesmo motivo e enfrentaram as mesmas situações. Alguns foram sozinhos, como eu, outros com o marido/esposa. Nós formamos uma rede de apoio, vivíamos juntos, éramos mesmo uma grande família. Foi graças à eles que eu consegui superar aquela fase difícil e no final das contas vivemos coisas maravilhosas, das quais tenho muitas saudades. Depois, com o tempo, cada um seguiu seu caminho. Eu fui uma das primeiras a partir, voltei pra Brasília. Depois esses mesmos amigos vieram pra cá também e hoje estão em Minas. Outros seguiram para outros Estados e alguns permanecem até hoje no AM (esses sim, são sobreviventes! rsss). Claro que mantivemos o contato, uns mais que outros, mas eu sinto que mesmo que passe o tempo, eles vão sempre ocupar um lugarzinho especial no meu coração.
Isso tudo pra mostrar o quanto essa viagem foi gostosa pra mim, pois pude rever e passar esse tempo com nada menos do que 5 pessoas super especiais que fizeram parte desse grupo querido.
Fecha parêntesis.

A casa que ficamos na Serra do Cipó fica muito próxima à entrada do Parque Nacional. É um lugar maravilhoso, muito tranquilo, agradável, com o maior visual e ainda tivemos a melhor das companhias. Enfim, foi perfeito. Não conseguimos ir em nenhuma cachoeira, mas fizemos uma pequena trilha (bem pequena) até um mirante do Parque, fomos ao rio, que é pertinho da casa, e acima de tudo, conversamos e matamos a saudade. As crianças brincaram muito. Esses 2 casais, de Diamantina e BH, são super amigos, estão sempre se encontrando e tem filhos exatamente da mesma idade, então as crianças já se conhecem bem e brincam muito juntas. Clara, também por ser menor, e nessa idade alguns meses fazem bastante diferença, ficou um pouco deslocada, mas conseguiu interagir e aproveitou demais. Seguem algumas fotos.


 Na estrada
 Visual da varanda
 Visitantes ilustres

 Uma das brincadeiras mais divertidas: soltar pipa
 Clara e Beatriz cuidando dos nenéns

 Pé na trilha
Visual no Mirante
 No mirante
Revendo meus queridos amigos
 Partindo. Até qualquer dia, Serra do Cipó!


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A viagem para Minas - Diamantina

Como já contei, estivemos visitando amigos em Minas. Já falei do perrengue da viagem de ida e da alegria de voltar pra casa, ficou faltando falar sobre a viagem em si. Antes que passe tempo demais (como aconteceu com o relato da viagem a Buenos Aires), segue o relato.

Nosso principal destino era Diamantina-MG, cidade que ainda não conhecíamos, e pra onde se mudou um casal de amigos muito queridos. Eles tem 2 filhos, de 6 e 3 anos, e moram num condomínio fechado que é como uma pequena cidade do interior, onde as casas não tem muros, não se fecha portas, os brinquedos ficam espalhados e as crianças vivem com toda a liberdade do mundo. Os dias na casa deles foi muito gostosos, um clima delicioso de cidade do interior, com a grande tranquilidade do condomínio, com cachorros e até cavalos no quintal, parquinho do outro lado da rua, brinquedos diferentes e muitas crianças para interagir. Clara se esbaldou, adorou, brincou (e brigou) bastante. Nós também curtimos muito a companhia deles, passeamos pela cidade, que é linda, e descansamos bastante.

Em um dia fomos a um local chamado Biribiri, que consideramos o ponto alto do nosso passeio. Biribiri é um Parque Estadual, repleto de cachoeiras, tanto de facílimo acesso quanto as que exigem maior tempo de caminhada. Além disso, tem uma pequena vila charmosíssima, onde um pequeno restaurante serve comidas típicas mineiras deliciosas, um lugar que vale muito a pena conhecer.

"O Parque Estadual do Biribiri está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. A Vila Biribiri, inserida na área do parque, tem importante registro da história da indústria têxtil mineira. Foi nessa área que funcionou a fábrica de tecidos, criada pelo Bispo Dom João Antônio dos Santos, em 1876, uma das primeiras comunidades fabris do estado.
As pessoas que passam por Biribiri se encantam não somente por seu casario, mas principalmente pelas paisagens de beleza cênica, com seus rios de leitos de pedras, formando cachoeiras e atravessando campos. A área abriga várias nascentes e cursos d'água: o Rio Biribiri, que moveu as turbinas da hidrelétrica geradora da força motriz da fábrica de tecidos; o Rio Pinheiros e diversos córregos, sendo os mais famosos o Sentinela e o Cristais.
Os descendentes dos proprietários da fábrica contam histórias sobre os suntuosos degraus da Cachoeira dos Cristais, cujas rochas teriam sido cortadas com talhadeiras pelos proprietários da época, à procura de diamantes. Hoje, o local é um centro cultural e histórico.
A cobertura vegetal nativa é composta por Cerrado, Campos Rupestres e Matas de Galeria. Podem ser encontrados diversas espécies da fauna, muitas delas ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-parda ou suçuarana." Fonte: http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/200?task=view

No quintal:

Diamantina:





Biribiri:





Amanhã escrevo sobre a segunda parte da viagem.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ser saltitante

Clara é um ser saltitante. Se tem uma coisa que ela faz que eu amo é dar tantos pulinhos. Se ela está empolgada ou feliz com alguma coisa ela dá vários pulinhos. Quando eu chego na escola pra busca-la e ela tem algo pra mostrar, corre pra mim e quando chega dá pulinhos. Antes eram pulinhos de bebê, com perninhas alternadas, agora já com as duas pernas juntas. Eu simplesmente amo essa forma de expressar alegria!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Brincando com as cachorras

Já contei que Clara gosta de animais? Pois é, vejam que fofa ela brincando com as cadelas lá em Diamantina.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Viagem para Minas - o perrengue

Como contei no último post, passamos uns dias em Minas. Antes de ir levei Clara o pediatra por causa do já normal estado de gripe/resfriado (não sei distinguir o que é cada um), e estava tudo bem. Nada além do nariz entupido, um pouco de tosse. Saímos no sábado pela manhã, não tão cedo como eu queria. Chegando na primeira parada, em Cristalina/GO, resolvemos almoçar logo. Clara comeu pouco, estava meio irritada. Na saída percebi uma febre, 37,8. Ficamos na dúvida se continuávamos a viagem, ainda faltava muito chão pela frente, são uns 800 km. Como a febre era baixa, demos o antitérmico e prosseguimos.
Clara, diferente da maioria das crianças, quase não dorme no carro, fica bastante entediada e não se distrai facilmente. Mas como após o almoço é o horário do soninho ela acabou dormindo. Depois de um tempo percebi que ela estava incomodada e se remexia bastante no sono, gemendo um pouco. Quando acordou estava irritada e chorosa. Percebi que a febre tinha subido bastante, e quando medi veio o susto: 39.7! Estávamos perto de Três Marias/MG e assim que chegamos entramos na cidade. Logo na entrada veio o vômito em grande quantidade. Dava pra ver o enorme mau estar que ela estava sentindo, e agora ainda toda suja. Paramos pra perguntar e fomos direto pro hospital. Quando desci do carro fiquei muito assustada com o estado dela, além de fervendo, estava num estado de sonolencia, quase desmaio, bem molinha. Nem troquei a roupa e fui correndo pra emergencia. A mocinha da recepção, mesmo vendo a criança naquele estado, e o meu desespero, pediu o documento e ficou preenchendo a ficha calmamente. Eu andava de um lado pro outro, tentava despertar a Clara, falava com ela, morrendo de medo dela ter uma convulsão. Quando finalmente ela terminou nos mandou entrar para a sala de triagem, onde a outra moça também ficou fazendo perguntas e preenchendo coisas. É muita falta de bom senso as pessoas verem uma criança passando mal e ficarem preenchendo ficha. Podiam muito bem pedir pra um ficar respondendo as perguntas enquanto o outro levava a criança pra ser atendida, mas fazer o que né. Na triagem fazem uma classificação da prioridade do atendimento e ela foi vermelho: atendimento imediato. Esperamos de 5 a 10 minutos, que me pareceram uma eternidade, eu já queria chorar e me descabelar. Aproveitei pra trocar a roupa dela, que estava toda vomitada e dar uma limpadinha com lencinho umidecido. Logo o médico nos chamou. Ele foi bem simpático e pareceu competente. Examinou direitinho e concluiu: garganta! Aí ele fala: eu posso receitar um antibiótico oral, mas vai demorar um pouco pra fazer efeito, eu recomendo benzetacil junto com antitérmico! Incrível como interior é tudo igual, benzetacil é O remédio. Eu já tomei muito pois tive reumatismo quando criança e esse era o tratamento por anos, sei o quando dói. Apesar de tudo acabamos aceitando a sugestão dele. Coitadinha da minha pequena, que nem chora com vacina nem pra coletar sangue, gritou muito com essa injeção horrorosa. Ele pediu para que ficássemos por 20 minutos no hospital, pra ver se não teria nenhuma reação, já que ela nunca tinha tomado. Ficamos e ainda bem que não teve nada. Nesse tempo eu relaxei um pouco e conversei com as pessoas que esperavam atendimento. Todas se espantavam com o fato dela nunca ter tomado uma benzetacil, muito doido isso.
Depois disso fomos pra um hotel pra passar a noite, esgotados, desanimados e decididos a voltar pra Brasília no dia seguinte. No hotel, depois de tomar um bom banho, ela dormiu por cerca de 2 horas. Quando acordou, sem febre, saímos pra jantar. Ela comeu quase nada, mas nem insistimos. Nos revezamos pra comer, e ela estava bem, curiosa com o ambiente diferente. De repente eu percebi que as mãozinhas ficaram geladas. Logo ela começou a tremer muito. Pés e mãos muito frios, até meio roxinhos, olhinhos lacrimejando. Embrulhei no meu casaco e voltamos rápido pro hotel. Aí resolvemos ligar pro pediatra dela, pra ver se ele nos dava uma luz, pois já cogitávamos voltar pro hospital. Só que pra dificultar, troquei de celular uns dias antes e perdi boa parte da minha agenda. Eu tinha anotado só o telefone da clínica e tinha esquecido do celular. Sábado, às 22:30, o que fazer? Lembramos de uma colega do Jorge que leva os filhos ao mesmo pediatra, conseguimos o telefone dela e finalmente conseguimos o do médico. Por sorte ele atendeu, contamos tudo que tinha acontecido e ele me acalmou. Disse que essa reação era porque a febre estava voltando, receitou supositório de novalgina e que a gente não se preocupasse que tudo se resolveria. Só que naquela hora todas as farmácias já estavam fechadas. O pessoal do hotel foi super gente boa, saíram atrás do remédio pra gente, foram até no hospital, mas não acharam. Demos então antitérmico oral mesmo e ficamos monitorando. Deixei a Clara bem quentinha na cama e ela parecia que ia dormir. De repente ela vomita a cama inteira, edredon, travesseiro, tudo! Enquanto o Jorge dava banho novamente, fui atrás de limpar a cama. Novamente fomos super bem atendidos, trocaram na hora toda a roupa de cama, a gerente até fez soro caseiro, foi com o marido pra ver se queríamos ir ao hospital. 
Mais calma depois de ter falado com o médico, preferi esperar mais um pouco, e daí por diante ficou tudo bem. Passei a noite monitorando a temperatura da Clara, coloquei o celular pra despertar a cada 2 horas. Só dei o remedio mais uma vez durante a noite e no dia seguinte ela acordou bem melhor. 
Eu já tinha conversado com minha amiga que estávamos indo visitar e ela disse pra irmos mesmo assim, que se precisasse nós poderíamos levar a Clara ao médico em Diamantina. Comecei a achar que era o melhor, pois depois de tanta febre Clara devia estar com o corpinho dolorido e pegar um estradão de volta até Brasília seria dureza. Então resolvemos seguir a viagem, com um pouco de receio, mas foi a melhor decisão. No dia seguinte ela teve só mais uma febre baixa e mais nada. Uma coisa bem estranha foi a reação à injeção que ela tomou. No bumbum ficou uma bolha, como se fosse uma queimadura de uns 3 cm, criou casquinha e tudo. Tiramos fotos e depois vou mostrar para o pediatra pra ver o que ele diz.
Depois de toda essa novela (e esse post enorme), o restante da viagem foi muito bom. Clara se divertiu bastante e nós também. Vou tentar escrever sobre as parte boas também, prometo!