Pegamos a estrada e fomos direto para
Moustiers-Sainte-Mairie. Quando saímos das estradas principais, começamos a
rodar por estradas estreitas e cheias de curvas, seguindo o caminho indicado
pelo GPS (que nem sempre parecia ser o melhor quando olhávamos o mapa).
Passamos por muitos campos de lavanda, que infelizmente ainda estavam verdes, plantações
de uva e campos floridos, principalmente os coquelicots. Várias cidadezinhas
interessantes pelo caminho, mas preferimos não ficar parando, pois queríamos
chegar logo a Moustiers.
Quase chegando na cidade, a Route de Moustiers passa por um
ponto onde se tem uma vista espetacular do local. A cidade de Moustiers encravada
naquelas montanhas é realmente uma visão espetacular. Apesar de não termos
encontrado nenhum lugar para parar, do carro mesmo já ficamos extasiados. Ao
chegarmos encontramos por acaso uma vaga para estacionar bem em frente ao nosso
hotel (Hotel Le Relais). Aí sim pudemos descer e deixar o queixo cair diante de
tanta beleza. O hotel fica ao lado de uma cachoeira, na margem de um vale bem
profundo, com uma ponte antiqüíssima, o visual das montanhas de um lado e de
toda a região do outro. Não tem como descrever esse lugar, só quem já foi sabe
como é lindo. Não é a toa que Moustiers-Sainte-Mairie está listada como um dos
mais belos vilarejos da França! Com certeza foi um dos pontos altos dessa
viagem. A idéia de seguir para ver uma parte do Verdon nesse dia morreu aí, só
queríamos curtir Moustiers!
Quando entramos no nosso quarto do hotel mais uma grata
surpresa, havia uma varanda com uma mesinha e ao abrirmos as janelas o visual
era maravilhoso! Deixamos as coisas no hotel, almoçamos e fomos visitar a
capela de Notre-Dame-du-Beauvoir, que fica em uma das montanhas. Uma
curiosidade é a estrela de Moustiers, que se destaca pendurada entre o topo das
2 montanhas (para saber mais acesse o excelente post do Destino Provence).
Fiquei um pouco preocupada de como a Clara encararia aquela subida tão grande,
mas o Jorge disse que se precisasse a levaria no colo, então seguimos em frente. Logo no
início da caminhada Clara começou a reclamar e pediu colo. Papai sofreu por um
tempo, mas logo depois eu a convenci de irmos andando. Ela queria sempre ir na
frente, e quando se cansava eu a incentivava a chegar na próxima sombra para
descansarmos. Fomos subindo devagar e ela tomou gosto pela coisa, foi andando
sem reclamar e não pediu mais colo, fiquei muito feliz, pois foi a primeira vez
que ela encarou uma caminhada maior sem reclamar e ainda mais morro acima.
Chegamos lá em cima, visitamos a Igreja, curtimos bastante o visual e descemos.
Clara foi exemplar na descida também. Depois andamos pela cidadezinha e mais
tarde ficamos curtindo o visual da nossa janela, tomando vinho e comendo
salames locais (hummm).
Dia seguinte amanheceu bem nublado e frio, mas mesmo assim
partimos para Gorges Du Verdon. Gorges significa Garganta, Canyon do Rio Verdon. Em busca das lindas paisagens queríamos fazer toda a volta no Canyon e
começamos pelo lago de Sainte-Croix, cujas águas azuis contrastam com a
cor das rochas criando uma bela paisagem. No lago geralmente é possível fazer passeios de pedalinho ou barcos a motor, até o início do canyon, mas infelizmente neste dia não estavam acontecendo por causa do mau tempo. Nosso passeio então consistiu em paradinhas
básicas para fotos e contemplação, primeiro na ponte e depois nos mirantes. A estrada é muito sinuosa e estreita, exigindo muito cuidado e atenção, principalmente diante de tantas belezas para admirar.
Paramos no Restaurante do Hotel du Grand Canyon du Verdon, que fica na borda do canyon. O
visual é inigualável, vale muito a pena, melhor ainda quando descobrimos que os
preços são bons e a comida excelente! Sentamos numa mesa na parte fechada com
vidros, por causa do tempo, bem em frente ao canyon e tivemos uma excelente
refeição, tanto que acabamos passando tempo demais e comprometendo o restante
do trajeto (hehehe). Saímos já preocupados com o tempo de volta, pois nesse dia
ainda iríamos até Avignon e precisávamos pegar a chave do apartamento alugado,
não sabíamos bem até que horas. Seguimos pela estrada, dando a volta, mas
evitando parar em todos os mirantes, porém alguns eram irresistíveis. Depois da
ponte que liga um lado a outro do canyon, a estrada se afasta um pouco da margem do canyon por um tempo e
quando volta se torna um verdadeiro espetáculo. Foi uma pena que estávamos com
pressa e não pudemos parar para apreciar direito todo aquele visual. Esse é um
lugar que teremos que voltar um dia, com sol e tempo pra gastar.
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