Saímos de Nuremberg de trem, fizemos uma conexão em uma cidade
chamada Cheb, já na República Tcheca. Ao desembarcarmos naquela estação deserta, com suas plataformas empoeiradas (mas nada de lixo no chão, tudo arrumadinho) e com cara de abandono, parecia que estávamos
em um filme, em outro tempo. Ninguém falava inglês, mas conseguimos descobrir a plataforma onde
passaria nosso trem para Karlovy Vary, afinal a estação era bem pequena. Apesar
da aparência da estação, lá estava indicado nosso trem, com o horário,
tudo certinho. Quando ele chegou, pontual, levamos um susto pois era muito velho, mas
pegamos uma pequena cabine de 8 lugares (que ficou cheia só com nós 3 e as
malas), relativamente confortável para uma viagem curta. Tudo correu bem, Clara
ficou super agitada, querendo dar até cambalhotas, foi divertido. Ficamos
vendo a paisagem e as pequenas estações e cidades onde passamos, um mundo tão
diferente!
A decisão de ir a Karlovy Vary surgiu depois de vermos
lindas fotos da cidade na internet e descobrirmos que ficava bem no meio do caminho entre Nuremberg e Praga, seria
uma boa pra quebrar a viagem ao meio. Ficamos lá por pouco tempo, apenas 2
dias, e não conseguimos fazer muita coisa pois infelizmente o tempo fechou e a
chuva prejudicou bastante.
Karlovy Vary possui diversas fontes de águas termais medicinais
e é um pólo de turismo na região, principalmente para os russos, cuja língua é falada em todos os
lugares, já o inglês, nem no hotel...
A cidade foi fundada em 1350 e tem uma linda arquitetura,
além de estar localizada em uma região muito bonita. Possui diversos balneários
e spas, mas não visitamos nenhum.
Passeamos na região mais turística da cidade, comprei a
típica canequinha para tomar as águas termais e experimentei algumas delas. O
gosto era bem estranho, água salobra e muito quente, mas tomei mesmo assim,
afinal dizem que fazem bem para a saúde e eu não ia deixar passar a
oportunidade. Clara chegou a provar por curiosidade, mas não gostou. As
colunatas onde ficam as fontes são uma beleza, Clara adorou correr e brincar de se esconder nelas.
No dia seguinte fomos visitar uma pequena cidade bem próxima chamada Loket, onde há um lindo castelo do século XIII. Conta-se que o rei da Boêmia e imperador romano Carlos IV ia para lá descansar e caçar. A cidade fica em um meandro do Rio, é bem pequena e muito bonita.
Fomos de ônibus e já na chegada ficamos maravilhados com a
vista. Pena que a chuva atrapalhou um pouco. Clara amanheceu de mau humor e as
limitações impostas só pioraram a situação. Não queria ficar com o casaco
impermeável, capuz então nem pensar. Levamos o carrinho de bebê na viagem, mas
não temos capa de chuva para o carrinho e não encontramos para comprar em lugar
algum por lá, então em dias de chuva não dava pra usa-lo. Com dificuldade conseguimos caminhar até o castelo e
iniciamos a visita, tentando contornar a má vontade da pequena. Confesso que
meu humor também ficou péssimo e deixei o Jorge tomando conta da Clara.
O
castelo é muito legal, mantém sua estrutura como se fosse original da época, incluindo capela, salão cerimonial e um museu de tortura com bonecos e sons horripilantes. Dá para subir um
bocado de degraus e visitar a torre, de onde se tem uma visão privilegiada da
cidade e região.
Visitar o castelo foi bem legal porque depois de irmos ao Playmobil Fun Park, onde tem um castelo em tamanho grande e outros pequenos, a brincadeira mais recorrente naqueles dias era de cavaleiros, reis, príncipes e princesas. Clara todo dia queria brincar disso e ver um castelo de verdade foi como entrar na fantasia. Para ela aquele ficou sendo o castelo do cavaleiro, e depois de visitar outros ela concluiu que não gostou deste, acho que por ser todo rústico, e que gostava mais do Castelo de Praga, que pra ela é o da princesa (risos).
Após a visita ao castelo, almoçamos em Loket, Clara pediu sorvete e nós fomos experimentar uma Oblaten, uma espécie de hóstia doce muito gostosa, típica da região.
Visitar o castelo foi bem legal porque depois de irmos ao Playmobil Fun Park, onde tem um castelo em tamanho grande e outros pequenos, a brincadeira mais recorrente naqueles dias era de cavaleiros, reis, príncipes e princesas. Clara todo dia queria brincar disso e ver um castelo de verdade foi como entrar na fantasia. Para ela aquele ficou sendo o castelo do cavaleiro, e depois de visitar outros ela concluiu que não gostou deste, acho que por ser todo rústico, e que gostava mais do Castelo de Praga, que pra ela é o da princesa (risos).
Após a visita ao castelo, almoçamos em Loket, Clara pediu sorvete e nós fomos experimentar uma Oblaten, uma espécie de hóstia doce muito gostosa, típica da região.
Quando voltamos a Karlovy Vary o tempo havia melhorado e tivemos tempo de ir ao funicular, que leva a um parque numa área bastante elevada, numa subida quase vertical, uma diversão para a Clara. Lá subimos em uma torre (Diana Tower) e tivemos uma vista bem bonita de toda a região e da cidade. Esse parque tem várias trilhas no meio da floresta, parecem ser bem legais de se fazer. Muita gente sobe no funicular e desce pelas trilhas, mas não fizemos isso porque estávamos com a Clara e já estava tarde.
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